O Sindicato dos Médicos da Zona Centro reuniu com trabalhadores médicos do Centro Hospitalar do Baixo Vouga e o relato feito começa por denunciar incapacidade dos médicos para fazerem chegar as suas preocupações ao Conselho de Administração.
Os clínicos afectos aquele sindicato revelam que “a atual organização em Departamentos restringe o levantamento dos problemas concretos e o apontar de soluções, servindo os respectivos Directores dos Departamentos como tampão entre os médicos e a administração”.
Para a estrutura sindical, há um sentimento “entre os trabalhadores de que os Directores dos Departamentos, e alguns Directores de Serviço, não defendem os interesses dos Serviços, servindo antes para diluir responsabilidades e colocar entraves na informação e comunicação”.
Os dirigentes sindicais falam em plano estratégico que visa a “opressão” ou “redução dos serviços”.
Na leitura deste sindicato, Águeda é exemplo de esvaziamento de serviços “em que se perdeu o Serviço de Cirurgia, o Serviço de Internamento em Cardiologia, o Serviço de Patologia Clínica, a Farmácia e muitas das valências no Serviço de Urgência”.
A leitura é arrasadora e alerta mesmo para situações de potencial risco uma vez que a urgência é assegurada por dois médicos “desempenhando funções generalistas, com parcos recursos técnicos e meios complementares de diagnóstico”.
Quanto a Estarreja o Sindicado de Médicos da Zona Centro fala num cenário que aponta para o desmantelamento do Hospital Visconde de Salreu pela “perda progressiva do Serviço de Urgência, Serviço de Cirurgia, consultas externas diferenciadas e a mais recente desagregação da cirurgia de ambulatório”.
Os médicos lamentam e falam em “desmantelamento de serviços” em Águeda e Estarreja e “desqualificação” dos serviços de Oncologia, Endocrinologia e Hematologia no Hospital Infante D. Pedro.
Consideram que a atuação do CA é “ineficaz” e falam em “fraco plano estratégico para o CHBV”. |