O Presidente da Concelhia do Partido Socialista (PS) de Aveiro culpa o negócio da venda dos Serviços Municipalizados pelo desequilíbrio das contas da autarquia e diz que os 58 milhões "ficaram aquém do valor dos SMAS". Para Pires da Rosa, uma maior exigência por parte da Câmara de Aveiro "poderia ter rendido valores superiores e dessa forma controlar as contas da autarquia". Aponta o dedo ao Governo do PS pela 'pressão' no negócio e os antigos autarcas de Aveiro e Ílhavo, Élio Maia e Ribau Esteves. Diz mesmo que o negócio foi feito por quem não gosta de Aveiro. "Não é preciso ter nascido, trabalhar e morar em Aveiro, só é preciso gostar de Aveiro e Ribau Esteves não cumpre esse requisito. Ribau Esteves não gosta de Aveiro porque, enquanto Presidente da Câmara de Ílhavo, prejudicou sempre os aveirenses, nomeadamente no principal problema desta autarquia (finanças), que resultou de um mau negócio na concessão das águas", disse na Terra Nova. Pires da Rosa, em entrevista ao programa “Conversas” falou, ainda, sobre a possível concessão de transportes urbanos. Diz que numa perspectiva intermunicipal e com um caderno de encargos que garanta o serviço à população, dentro de critérios bem definidos, até pode ser uma solução. "Há muita gente que se desloca de Aveiro para Ílhavo (Zona Industrial da Mota) e vice-versa e fará todo o sentido uma 'lógica' organizada de transportes municipais. O negócio tem de ser bem estruturado e é preciso perceber quanto dinheiro querem gastar as autarquias. Só daremos o aval depois de conhecer o caderno de encargos", adiantando que se o negocio da concessão assegurar os direitos dos cidadãos, em todos os sentidos "vamos a isso, mas, isso tem de ficar tudo estruturadinho", disse. A entrevista a Pires da Rosa ao programa “Conversas” pode ser ouvida quarta-feira na Rádio Terra Nova (19h00). Foto: DA. |