A Câmara de Aveiro não tem posição formada sobre o futuro da participação na ERSUC. Com a privatização da Empresa Geral do Fomento (EGF), empresa do estado que detém a maioria do capital da ERSUC (51,5%), os municípios serão livres de decidir o que fazer com as suas ações.

Os partidos de esquerda já manifestaram oposição à venda dessas participações. Ribau Esteves, presidente da Câmara e da CIRA, diz que falta saber o valor das ações e que esse é um dado importante.

“Devo dizer que tenho um acordo de princípio com a decisão do Governo de privatizar - não me fere – mas há uma componente da qual discordo completamente. O Governo deveria dizer qual o valor das ações dos Municípios antes do lançamento do concurso. Depois ficaria à espera do resultado final para saber o valor definitivo. Isto para que as Câmaras possam ter esse dado importante para a decisão de alienar ou não as nossas participações”.

O Governo aprovou no final de Janeiro o processo de privatização da Empresa Geral do Fomento (EGF), a sub-holding das Águas de Portugal para o sector dos resíduos. A totalidade da posição do Estado na EGF será vendida em bloco, através de um concurso público.

Ribau Esteves não recusa a privatização da EGF mas não assume decisões antes do concurso lançado pelo Governo. “O Governo não cumpriu esse compromisso e não temos esse dado que surgirá apenas na parte final do concurso. Só com esse dado é que poderemos voltar a essa análise e tomar uma decisão. Discordo da decisão de colocar esse dado no fim do processo. Assim a nossa decisão também ficará para o fim”.