O coordenador da JS de Ílhavo gostaria de ver o PS posicionar-se mais à esquerda e ser capaz de fazer pontes com partidos mais à esquerda. Carlos Catarino é o convidado desta semana do programa de entrevista “Conversas”. Sobre as alegadas movimentações que colocam pressão sobre a liderança nacional do PS, o dirigente da JS vê no presidente da distrital de Aveiro uma alternativa a considerar no futuro caso as eleições europeias não corram bem à liderança de António José Seguro.
“Se o PS não tiver um resultado muito bom, tudo o resto é derrota. Aí, o PS tem o dever e a oportunidade de estudar alternativas. Embora António José Seguro seja um antigo dirigente da JS tenho a certeza que dentro do PS haverá oportunidade de discutir a vantagem ou não de termos uma alternativa. Muita gente fala de António Costa mas certamente haverá outros até mesmo no distrito de Aveiro. Nesta fase, ainda longe de europeias e legislativas, acho que Pedro Nuno tem a oportunidade de se mostrar como um bom político e como uma boa alternativa”.
Na entrevista de Carlos Catarino ao programa Conversas, a emitir, às 19h, o dirigente da JS abordou as polémicas em torno do serviço nacional de saúde num dia marcado pelo debate de uma petição e de moções na Assembleia da República quanto ao futuro dos hospitais de Estarreja, Águeda e Aveiro.
“A saúde afeta toda a gente e são casos em que as pessoas esperam muito tempo pelos serviços. A centralização do sistema de saúde é também o desmantelamento do SNS. Havia problemas, é certo, mas o sistema de saúde funcionava. Foi um projeto importante no país e agora estamos a regredir”.
O dirigente da JS aborda ainda questões da política local para assumir que o PS está a trabalhar num ciclo de 4 anos que pode facilitar a preparação atempada das próximas eleições autárquicas em 2017, considera que Fernando Caçoilo está a fazer a gestão da autarquia em processo de continuidade que corre risco de “esvaziamento” e anuncia que a luta pela criação do Conselho Municipal da Juventude vai passar por uma queixa contra a autarquia por não cumprir a lei que determina a criação do órgão consultivo. |