Daniele Fortunato revela que vai voltar a fazer alterações no Beira-Mar estreando novos jogadores, no domingo, frente ao Santa Clara, porque está a fazer um caminho de conhecimento do plantel. O treinador diz que depois das estreias de Jefferson, Daffara, Cocco e Muscalu vai lançar mais um atleta no jogo frente ao Santa Clara. Luís Pimenta é um dos candidatos à estreia.
“Estreei vários jogadores em Matosinhos e vi pouco. Domingo mais um. Não é um jogador que faz ganhar ou perder mas quero vê-los. Vou estrear um no ataque”, revelou Fortunato admitindo-se que Pimenta ou Muscalu surjam como apoios de ataque para Andrea Cocco.
O mesmo acontece com as mudanças na defesa. Por agora, Luís Gustavo está de fora mas em breve regressará à competição e Thiago Cardoso também terá a sua hipótese.
“Vi o Gustavo quanto cheguei. Depois Hugo Lopes que esteve um pouco melhor em Matosinhos e depois quero ver Cardoso. Até porque há atletas com quatro amarelos. Quero vê-los a todos para decidir no final da época quem fica e quem não fica”.
O treinador do Beira-Mar diz que a vitória no campo do Leixões foi importante para o ânimo da equipa que sentiu mais confiante e alegre durante a semana.
“A vitória só pode trazer aspetos positivos. Os rapazes estão mais serenos, tranquilos e mais sorridentes. Depois e tantas jornadas a perder a equipa melhorou desse ponto de vista anímico mas vai ter de melhorar também o seu jogo”.
Ainda a propósito desse jogo, não esconde que a vitória foi feliz mas trabalhada e admite que houve momentos de que não gostou. “Não gostei dos últimos 15 minutos. A equipa estava assustada com a possibilidade de perder o jogo. Deixámos de jogar porque tivemos medo de perder”.
Os primeiros pontos conseguidos na era Daniele Fortunato animam o Beira-Mar mas o treinador não esconde que enfrenta lacunas sérias no plantel. Sem mascarar o discurso, acabou por revelar que na linha média há limitações.
“Faltam jogadores de qualidade no centro do campo. Hugo Lopes/Tavares, bem; Tavares/Dias, bem, mas falta mais qualidade. André Sousa dá qualidade e estamos a testar soluções. Também vi o Gustavo naquela posição em jogo com o Estoril, na Taça da Liga, e alternou momentos bons e menos bons. Mas a questão da qualidade está sempre presente”, justificou o técnico que chamou a atenção para o nível do trinco do Leixões Anderson.
Questionado sobre a vocação de Pité na equipa, confessa que desafiou o atleta a falar das suas preferências e Pité, tal como Muscalu, assumiu preferir partir das alas do que jogar como apoio nas costas do ponta de lança. Dúvidas num cenário de mútuo conhecimento entre jogadores e treinador que anda à descoberta das capacidades dos atletas.
Nas palavras sobre o adversário de domingo, repetiu o discurso sobre as equipas de segunda Liga. "Não tem a estrutura física do Leixões mas do que vi tem muita organização". |