O presidente do Beira-Mar assume que a direção do clube sempre foi conhecedora da titularidade das ações da SAD pela sociedade “Equação Troféu” encarada como “Sociedade Veículo” para a operação de compra dos 85% do capital da SAD do Beira-Mar ao iraniano Majid Pishyar. António Regala admite que a operação sempre esteve clara e ficou a dever-se a questões de conveniência para agilizar o processo.
“Temos conhecimento desde o início desta situação porque nos explicaram tudo neste sentido. É uma empresa que integrará o grupo Pieralisi conforme estava combinado. Esperamos que tudo corra bem dentro da perspectiva de um Beira-Mar único e na perspectiva de se conseguir, depois, a integração da empresa no grupo Pieralisi continuando a empresa como detentora das ações ou a Pieralisi decidirá de outra forma. Dependerá do grupo”.
As negociações com Majid Pishyar e receios de um eventual volte-face no desfecho da aquisição abriram caminho à solução encontrada com a criação da sociedade sedeada em Espinho. “Foi a sociedade criada no início para tomar conta das ações adquiridas ao anterior acionista e que tinha em vista agilizar o processo devido à necessidade de ser rápido para se consumar a transmissão porque poderia haver recusa. Aceitámos essa justificação porque tem lógica”.
A forma como o processo foi sujeito ao escrutínio público por parte dos adeptos mereceu da direção do clube o reconhecimento pelo interesse mas também a preocupação pelo alarmismo criado.
“Acho bem que as pessoas estejam atentas mas que não se façam alarmes em situações que não merecem ter alarme. Agradeço que os beiramarenses estejam atentos mas não embarquemos em alarmes um bocado levianos”.
O dirigente salienta que clube e SAD estão a manter uma relação saudável e que em breve será conhecido o desfecho para o protocolo que está a ser preparado pelas duas entidades.
“Está a ser discutido. Neste relacionamento Beira-Mar/SAD, ao contrário do que era habitual, há diálogo e há uma busca de parte a parte de consensos. Estamos a ultimar o protocolo porque a questão prende-se com o que vai ficar escrito e que o clube vai aceitar se for do seu interesse. Os pressupostos têm a ver com o Processo Especial de Revitalização (PER) que a SAD meteu. Como as duas coisas têm que estar ligadas, a questão do Protocolo e os pressupostos que o clube aceita do PER, aguardamos uma última decisão do juiz. Mal venha a decisão haverá reunião final entre as parte se aí serão tiradas conclusões”. |