Diário de Aveiro: Assume um dos novos pelouros da Câmara Municipal de Ílhavo, o da Maioridade. Porque decidiram ter um pelouro dedicado aos seniores?
Paulo Costa: A Câmara de Ílhavo tem, há já vários anos, diversas políticas que têm como público-alvo esta franja da nossa população, a que decidimos chamar de maioridade. Mas achámos que era necessário ter uma intervenção mais estruturada, mais profunda e envolvendo mais parceiros. Para isso, considerámos que seria importante, neste mandato, que fosse criado o pelouro da Maioridade. E foi assim que ele surgiu.
A esta altura, temos já preparado um conjunto de acções para, durante os próximos quatro anos, fazermos grandes mudanças e investimentos a este nível. Inaugurámos, há um ano, o Fórum Municipal da Maioridade; temos, há vários anos, a Semana da Maioridade; além de outros projectos para os idosos. Agora, estamos a preparar tudo para que, durante este ano, possamos, então, trazer à luz do dia um conjunto de projectos novos, que já estão a ser preparados.
Isso tem a ver também com o facto de a franja da população idosa ser cada vez maior…
Portugal tem aquilo a que se chama de pirâmide invertida, em que as pessoas com mais de 65 anos começam a ser, cada vez mais, em maior número. Fruto do avanço da medicina, aumentou a esperança de vida e isso leva a que haja cada mais gente com idade avançada. Portanto, as câmaras municipais, e também o Governo, têm de estar atentas e desenvolver programas e políticas dirigidas à população sénior. E é isso que nós estamos a fazer, tendo sempre como nota importante que o envelhecimento é um processo natural – nós começamos a envelhecer no dia em que nascemos. O que nós queremos é que as pessoas envelheçam de forma activa, que envelheçam bem, quer física, quer psicologicamente.
Tem também o pelouro do Turismo. Há projectos ou acções novas previstas para esta área?
O turismo vai continuar a merecer toda a nossa atenção. No último mandato, tomámos a opção de no mesmo pelouro associar Cultura e Turismo. Agora, por uma questão de metodologia decidimos fazer de forma diferente. O turismo é uma das nossas principais bandeiras, tem um peso económico crescente, cria emprego e traz riqueza à região.
O que vamos fazer nos próximos quatro anos passa, por um lado, por tentarmos captar o máximo de investimentos privados, alguns dos quais são já sobejamente conhecidos – como é o caso da obra da requalificação e construção do hotel na Vista Alegre, e também o projecto da Marina da Barra -; e por outro lado, investirmos na nossa promoção, usando sempre a parceria com os municípios da região Centro, através da Entidade Regional do Turismo do Centro, e também investindo muito naquilo que são as nossas acções. Uma das alterações que vamos verificar já este ano passa por uma requalificação das festas do município e do próprio Festival do Bacalhau. É uma peça fundamental da nossa estratégia, que queremos continuar a alimentar, mas estamos já a preparar uma espécie de segunda geração do Festival do Bacalhau.
O presidente do Executivo já disse que continua a lutar pelo projecto da Marina da Barra. Seria um investimento muito importante para Ílhavo?
Para Ílhavo, mas também para a região e para o país. Sabemos que o turismo náutico tem uma rentabilidade muito grande. Ílhavo está estrategicamente muito bem situado na costa portuguesa para poder vir a ser um porto interessante para um tipo de náutica que, neste momento, não temos capacidade de acolher. Só nos falta o essencial, que é ter investimento privado que possa concretizar este projecto. Nós iremos continuar a lutar por ele. Achamos que as mais-valias são tremendas e, portanto, a luta por esse investimento continua em cima da mesa.
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