O Bloco de Esquerda está contra privatização da EGF e da ERSUC. É a reação à aprovação pelo Governo da privatização da Empresa Geral do Fomento (EGF) que integra o grupo Águas de Portugal e que detém a maioria do capital dos sistemas multimunicipais de tratamento de resíduos urbanos. No caso do centro do país, 51,5% da ERSUC pertence à EGF. Para o BE, a alienação da EGF significa a alienação de “todos os sistemas multimunicipais”.
O Governo diz que tal não corresponde à verdade assegurando que o que está em causa é a empresa que faz a gestão das infraestruturas, sendo que estas não constam de qualquer processo de privatização. “As infraestruturas são públicas e continuarão públicas”, assegurou o Ministro da Presidência, Marques Guedes.
A EGF conta hoje com 11 subsidiárias, que prestam serviços de recolha e gestão de resíduos de Norte a Sul do País, cobrindo 174 municípios e 6,4 milhões de habitantes. Em 2012, a EGF teve um volume de negócios de 157 milhões de euros e um lucro de 15 milhões. O grupo conta com cerca de 2 mil trabalhadores.
“O Bloco de Esquerda opõe-se à privatização da EGF e, por essa via, da ERSUC e da Unidade de Tratamento Mecânico e Biológico de Eirol (UTMB). A privatização de áreas essenciais para a sociedade, como a recolha, tratamento e valorização dos resíduos urbanos tem levado ao aumento do preço e à deterioração do serviço”, adianta a concelhia de Aveiro do BE.
Os municípios decidirão se mantém ou se vendem a parte que detêm nos sistemas multimunicipais como a ERSUC mas o BE “considera que a Câmara Municipal de Aveiro não deve privatizar a sua parte da ERSUC e que se deve manifestar contrária à privatização deste serviço público essencial por parte do Governo”. |