O Colectivo de Intervenção na Defesa dos Interesses dos Habitantes da Coutada volta a manifestar surpresa pelos avanços do projecto do Parque da Ciência e Inovação (PCI) e, agora, estranha que apesar da providência cautelar movida por habitantes da Coutada contra a empresa PCI-SA, tenha sido assinado “o contrato de financiamento com o QREN (dinheiros públicos europeus), no valor de 15 milhões de euros”. Os populares desconfiam que seja dinheiro para expropriações. "Após a sentença do Tribunal, que deu razão aos habitantes da Coutada, estando as propriedades no 'núcleo' do hipotético Parque, é um projecto que está naturalmente inviabilizado. A nossa surpresa é por sabermos que foi assinado o contrato de financiamento. Se o projecto está inviabilizado como é possível avançar-se com o processo? Aquele projecto não é viável. Os lotes protegidos pela decisão do Tribunal inviabilizam o PCI", disse António Neves na Terra Nova. A empresa estará a preparar-se para levar avante o projecto e os moradores que contestam a iniciativa voltam a lembrar o efeito suspensivo da Providência Cautelar uma vez que o Tribunal entendeu que “haveria prejuízos pessoais superiores ao benefício público trazido pelo projecto e, por esse motivo, deu razão aos requerentes”. Para o Colectivo de Intervenção nunca foi demonstrado “a validade e viabilidade deste projecto” e o seu avanço representa a destruição de 120 terrenos privados num quadro que não merece a concordância de todos os proprietários. "As verbas só podem ter sido disponibilizadas para a expropriação dos terrenos, que, alguns, são valiosos. Agora, o que vai ali ser construído não sei. O PCI não será mas, não faço adivinhação", garantindo que "recorreremos agora para as entidades competentes. Não desistiremos deste processo", assegurou. |