A Câmara de Estarreja volta a pedir contas ao Goveno sobre o processo de degradação do Baixo-Vouga. Diamantino Sabina reivindica à Ministra da Agricultura e ao Ministro do Ambiente “que sejam assumidas as responsabilidades devidas” no Baixo Vouga Lagunar e que “ajudem a manter em situação minimamente estável em termos agrícolas e ambientais”.
Numa exposição aos governantes, o presidente da Câmara Municipal de Estarreja alerta, de novo, para os danos causados pelo mau tempo no Baixo Vouga, uma área que “deve ser a todo o custo preservada”.
Salientando que a responsabilidade por esta parcela do território é da Agência Portuguesa do Ambiente (ex-ARHCentro) e também do Ministério da Agricultura, o autarca estarrejense lamenta que “as ocorrências não mereçam sequer uma visita ao local, pelo menos que seja do nosso conhecimento, por parte das entidades competentes, o que não deixa de ser revelador do estado de abandono a que têm sido votada nos últimos anos toda esta região do Baixo Vouga”.
A autarquia recorda que continua a investir nas intervenções necessárias sempre que novos rombos surgem mas adverte que “não pode estar continuamente a suportar encargos com trabalhos que não são da sua competência”. Revela que só no ano passado investiu cerca de 50 mil euros.
O autarca lamenta que as situações reportadas não provoquem a tomada de medidas por quem de direito defendendo, mais uma vez, a concretização do projeto de defesa do Baixo Vouga como “única solução de fundo”.
A conclusão do dique do Baixo Vouga Lagunar é o eixo central da intervenção para garantir o “pleno aproveitamento de 12 mil hectares de terras agrícolas”.
Diamantino Sabina diz que “a nova PAC (Política Agrícola Comum) abre uma janela de intervenção na área do regadio que não pode nem deve ser direcionada apenas para as regiões do costume (leia-se Alqueva)”. |