Diário de Aveiro: Como tem sido a aceitação do público à peça “Morreste-me”?
Sandra Barata Belo: Quando estreamos em Estremoz e depois em Lisboa, e vimos que as salas encheram, isso deu-nos motivação para apostar. Esse foi um óptimo sinal. E a partir daí, em cada sítio onde estivemos, fizemos sempre boas casas e em alguns sítios esgotámos. As pessoas gostam e prova-se que há espaço para espectáculos mais alternativos que não ficam só nos meios intelectuais de Lisboa e do Porto mas que chegam a outras cidades do país onde, normalmente, só chegam as comédias.
Quais as principais preocupações que teve na adaptação do texto?
A preocupação máxima é sempre respeitar o texto e estar de acordo com aquilo que está lá escrito. O texto é sempre aquilo que nos diz o que fazer, em todos os géneros – teatro cinema, ou televisão. Os mistérios, as respostas ou as soluções cénicas estão sempre no texto. A adaptação foi feita por mim e pela Cátia Ribeiro e creio que foi o momento mais entusiasmante do processo. Porque temos ali uma página em branco e podemos fazer a adaptação ao teatro como quisermos. Somos quase Deus e podemos fazer a nossa criação. Se bem que isto não é um texto para teatro: teatro é teatro e literatura é literatura, e foi um risco um bocadinho grande pegar num texto literário e adaptá-lo para um texto dramatúrgico. Mas como o texto é muito rico e muito descritivo foi óptima a adaptação.
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