A Universidade de Aveiro distinguiu esta tarde Manuel Ferreira de Oliveira, Presidente da Galp Energia, e José Formigli, diretor da Petrobras, como Doutores Honoris Causa. A cerimónia foi presidida por Pedro Passos Coelho, Primeiro Ministro que se fez acompanhar de Nuno Crato, Ministro da Educação. Na ocasião, Manuel Assunção, Reitor da UA, 'elogiou' os novos 'doutores' e as empresas que representam. "Desenvolvem um mega projecto no Brasil, um desafio transcendente, que visa a extração de petróleo no Pré-Sal , 300 quilómetros para lá da costa e a sete quilómetros de profundidade. É um projecto extraordinário", referiu. As presenças dos governantes nacionais na cerimónia "dignificaram o momento", sublinhou, reconhecendo a importância de se assinalarem, ainda, os 40 anos da academia aveirense. "É uma universidade de grande relevancia nacional e internacional", adiantando que "seria muito importante que Portugal não se esquecesse de manter a qualidade das Universidades que possui, percebendo o papel fundamental que elas tem na construção de um futuro melhor". A cerimónia pretendeu "homenagear essa grande aventura do Pré-Sal, um empreendimento humano extraordinário que permite aceder a reservas petrolíferas que podem atingir os sete quilómetros de profundidade, em que a formação de recursos humanos e pesquisa científica e tecnológica à medida, foram e estão a ser a chave do sucesso", concluiu. A sessão da atribuição dos títulos realizou-se no Auditório da Reitoria. Descobertas em 2006, as acumulações de petróleo e gás natural em reservatórios situados na área submersa que se estende do litoral do Espírito Santo ao de Santa Catarina, no Brasil, "apontava para a existência de uma extraordinária província petrolífera". Actualmente calcula-se que essas reservas energéticas possam permitir ao país atingir a produção média diária de aproximadamente 3,4 milhões de barris de petróleo em 2017. Um número que tornará o Brasil no sexto maior produtor mundial de petróleo. No entanto, "os 300 quilómetros que separam a localização das reservas da linha de costa e os 5 a 7 mil metros de profundidade a que se encontram os depósitos são apenas alguns dos desafios que separam os reservatórios de uma exploração que, financeiramente, compense". Para a UA "as duas empresas, por forte acção de José Formigli e Manuel Oliveira, são responsáveis pela estreita cooperação científica e técnica com Universidades portuguesas e brasileiras no desenvolvimento de conhecimento avançado e na formação qualificada de recursos humanos". (em actualização) |