António Regala admite que todos os cenários estão em aberto quanto a uma possível recandidatura à liderança do Beira-Mar mas o presidente do clube faz depender qualquer decisão do desenvolvimento das relações com o novo acionista maioritário da SAD, o grupo italiano Pieralisi.
No dia em que assinalou os 92 anos do clube, Regala fez a auto-avaliação ao trabalho dos atuais dirigentes e defende que tem conseguido atingir o objetivo de manter o Beira-Mar em atividade. “Esta direcção entrou em funções em 2009 como comissão administrativa para salvar o Beira-Mar, o que até agora foi conseguido”.
Ex-dirigentes do clube foram visados e o atual presidente lembra que a SAD foi pensada para manter a atividade do futebol profissional. “A criação da SAD para sanear financeiramente o clube e permitir a entrada do futebol no meio empresarial tem permitido manter o clube vivo.”
Entrevistado pelo jornal O Jogo, Regala admite tomar uma decisão sobre a recandidatura “depois de avaliar a ligação com a nova administração da SAD” salientando que “ainda é cedo” para falar.
A propósito da relação com o novo parceiro, o dirigente afirma-se “expectante” mas defende que já “devia ter havido conversações com o clube”. Ainda assim deu o “benefício da dúvida” devido à “caótica situação que foi encontrada pelo novo accionista” mas alertou que “não se pode estar todo o tempo à espera porque há decisões a tomar sobre o PER e a acção de insolvência ainda está a decorrer”.
O presidente do Beira-Mar aguarda pelo diálogo e diz que espera “mais transparência na relação entre a SAD e o clube para um projecto de estabilidade e crescimento”.
Não esqueceu o passado com o iraniano Majid Pishyar e revela que essa relação não existiu devido “a uma gestão anterior da SAD perfeitamente desastrosa que criou um passivo de mais de quatro milhões de euros e o incumprimento do investidor com o clube.” |