Chama-se Património dos Pobres mas, na verdade, o trabalho que vem desenvolvendo há já várias décadas é rico, muito rico. Que o digam as centenas de crianças, jovens ou idosos que têm contado com o apoio e trabalho desta instituição particular de solidariedade social ilhavense, pertencente à paróquia de São Salvador. O seu trabalho divide-se por três valências, mais concretamente pelo Lar de São José (para a terceira idade), Lar Divino Salvador (lar para mães solteiras) e a Obra da Criança (um lar de infância e juventude).
Esta última valência é, sem sombra de dúvida, uma das mais conhecidas e acarinhadas pela população local. A comprová-lo está o facto de “muitas associações do município terem tendência a realizar uma ou outra iniciativa a favor da Obra da Criança”, reconhece Neves Vieira, director do Conselho Económico Paroquial – ao qual cabe a responsabilidade de gerir o Património dos Pobres.
Esta casa começou, inicialmente, por acolher crianças órfãs, abandonadas e crianças oriundas de famílias em condição sócio-económica precária. Actualmente, os menores chegam à Obra da Criança por encaminhamento da Segurança Social, dos tribunais e das comissões de protecção de crianças e jovens. E, segundo refere Neves Vieira, para continuar a dar uma boa resposta às crianças que chegam à instituição urge “avançar com a construção de um Centro de Emergência Infantil, que nos permita ter outras condições de trabalho”.
Nesta altura, esse desejo já não consta apenas do plano de intenções, uma vez que “a Câmara de Ílhavo está a ajudar-nos e pediu ao gabinete de arquitectura ARX, responsável pelo projecto do Museu Marítimo de Ílhavo, que começasse a desenhar o projecto”, desvenda o dirigente da instituição. Assim que estiver concluído, ficará a faltar apenas o apoio do Estado, mais concretamente da Segurança Social, para avançar com a empreitada, visto que a Obra da Criança já dispõe do terreno.
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