A violência doméstica ainda não desapareceu do dia-a-dia de muita gente. Mas continua a usar-se e abusar-se de maquilhagem social. Há casos que não se escondem com correctores de olheiras de pancada. São casos de vidas que se vão desmoronando dentro de quatro paredes demasiado resistentes. Histórias de pessoas que resistem, e se submetem a situações que o corpo deixa transparecer. Fazem-no por amor, dizem. Mas que género de amor é este? Só quem por lá passa pode responder. Fá-lo-á, quando conseguir sair. Se conseguir sair.
O Diário de Aveiro foi conhecer dois casos. Não procurou respostas. E não as encontraria se o fizesse. Ficam as histórias. Manchadas, não só de sangue, mas também de vergonha, e de terror. Aproveitámos a ponte que nos foi cedida pelo Núcleo de Investigação e de Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE), do destacamento territorial da GNR de Aveiro, e que nos conduziu a duas pessoas que são vítimas deste flagelo.
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