Quais as implicações da entrada do grupo Martifer na gestão dos estaleiros de Viana do Castelo? Às portas da Navalria, em Aveiro, o tema não merece grandes comentários por parte da administração mas os trabalhadores acreditam que há espaço para todos.
Enquanto Martifer e Governo enfrentam contestam pelas mudanças nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, não são conhecidas, para já, implicações para a Navalria da integração no grupo dos estaleiros de Viana.
O grupo dos Irmãos Martins adquiriu os estaleiros da Navalria, em Aveiro, vai para cinco anos. O forte da empresa era e ainda a continua a ser a reparação naval. “Fazemos reparação. Os navios é à base de empreiteiro. Vamos ver o que vai dar”.
Os cerca de 120 trabalhadores da Navalria não foram informados, para já, das implicações da entrada do grupo Martifer nos estaleiros de Viana do Castelo. Mas admitem que possam surgir mudanças. “Em questão de construção vai-se fazer menos, se calhar, mas a reparação é a mesma coisa. Nunca faltou trabalho aqui na reparação. A construção foi novidade. Penso que há espaço para os dois”.
A partir de 2008, com os novos donos, a Navalria recebeu encomendas de construção. Primeiro foram dois ferries para a Transtejo e depois os contratos para navios-hotel da Douro Azul.
Dos quatro encomendados, faltam entregar dois em Fevereiro próximo, que tem merecido a prioridade de mão-de-obra disponível. “É sempre bom que haja trabalho. Trabalhamos nos barcos novos para fazer portas hidráulicas”.
25 milhões de euros é o valor do contrato dos dois barcos da Douro Azul, dando trabalho, em grande medida, a subempreiteiros.
A administração da Navalria prefere, nesta altura, ainda não abordar eventuais mudanças com a possível inclusão dos estaleiros navais de Viana do Castelo no grupo, que passará a ter capacidade para construir navios com mais de 100 metros. |