Um casal de Arouca está a desenvolver um negócio de broas que começou como forma de aproveitamento do excedente de abóboras que apodreciam nos campos de Souto Redondo e agora lhes são oferecidas pelos habitantes da aldeia. Naturais da freguesia de Manhouce, mas agora a residir na referida aldeia de Urrô, Cláudia Rio Pinho e Vítor Fernandes arrancaram com o fabrico da receita familiar de broa de abóbora há alguns anos, quando, após uma licença de maternidade, ela se viu sem emprego na sua antiga fábrica de calçado e precisou encontrar uma nova forma de subsistência.
“As abóboras ou iam como comida para os porcos ou ficavam a apodrecer nos campos”, conta Cláudia, admitindo que só uma porção muito pequena desse vegetal era usada na confecção de sopas ou de bilharacos para o Natal. “Então pegámos numa receita que já tínhamos de família, melhorámo-la e começámos a cozer as broas - que são mais tipo regueifa, por serem doces, mas a que chamámos broa porque têm mesmo esse aspecto”, acrescenta.
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