O Bloco de Esquerda não deixa passar em claro as declarações do presidente da Câmara de Ílhavo sobre a lei das 40 horas semanais e considera que além de defender a austeridade, Fernando Caçoilo atacou os trabalhadores.
O autarca numa reação à possibilidade de existir entendimentos com os sindicatos que permitissem manter um horário de 35 horas, disse que importante era trabalhar "com intensidade" e "sem perder muito tempo a pensar nas reduções".
O Bloco de Esquerda considera as declarações de Fernando Caçoilo “lamentáveis”. “Não estamos só perante um aumento do horário laboral, mas perante um corte salarial, uma estratégia de sobrecarga dos trabalhadores, para se poder dispensar outros. A medida é negativa para a toda a sociedade já que um dos resultados desta medida consiste no agravamento do problema do desemprego com a dispensa de mais trabalhadores e com menos ofertas e mais dificuldade para se encontrar trabalho”.
Em nota divulgada no fim-de-semana, o BE diz que essas declarações são ofensivas para os funcionários da autarquia e para todos os funcionários públicos e recorda que “atual crise resulta precisamente das escolhas políticas defendidas e implementadas pelo partido de Fernando Caçoilo”.
Cita como marcas do PSD a “destruição” do Estado Social, as parcerias público-privadas, swaps, privatizações de empresas públicas e BPN.
Reafirmando a oposição às 40 horas semanais, o BE diz que o Tribunal Constitucional considerou que a decisão sobre o horário de trabalho nas autarquias é de responsabilidade das próprias propondo que o horário de trabalho na CM de Ílhavo se mantenha nas 35 horas. |