Além de anunciar o corte de relações com o Governo, o presidente do CRUP pediu a demissão do cargo face à “generalizada falta de diálogo” e “quebra de compromissos assumidos” por parte do Governo.
Numa reunião realizada hoje na Reitoria da Universidade do Minho, em Braga, o CRUP decidiu suspender a participação em reuniões com o Governo no que diz que respeito às dotações do OE do próximo ano e à restruturação da rede de Ensino Superior.
Os reitores consideraram ainda “inédita a falta de comunicação e de explicações sobre o valor dos cortes orçamentais”, considerando que esta "representa uma sistemática violação da autonomia universitária por parte do Governo". O CRUP reuniu em Braga para falar sobre o entendimento dos reitores em relação à versão final da proposta de OE para 2014 e em relação à descativação das verbas retidas pelo OE rectificativo 2013.
"Estamos muito preocupados com a execução orçamental de 2013 por causa das cativações e ainda mais com a falta de explicação dos cortes contidos no OE de 2014", disse António Rendas.
O CRUP anunciou ainda que vai informar oficialmente a tutela da posição hoje anunciada, assim como o Presidente da República, a presidente da Assembleia da República e o primeiro-ministro. "Estamos a querer defender o futuro de Portugal e da ciência no nosso país", acrescentou. A proposta de lei do Orçamento do Estado para 2014 prevê cortes de 7,6% nas transferências do Estado para universidades e politécnicos.
As universidades contestam no diploma a norma que impede as instituições de fazerem novas contratações, a menos que apresentem uma redução da massa salarial de pelo menos 3%, excluindo os cortes nos vencimentos entre 2,5% e 12%, propostos no Orçamento, para ordenados a partir dos 600 euros brutos.
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