Chama-se Centro de Acolhimento Temporário (CAT). Mas podia chamar-se porto de abrigo de curtas existências. Ou albergue de pequenos que fogem de turbulências. O nome é aquilo que menos importa. Chame-se o que se quiser chamar, importa é o que ali faz. Interessa mesmo são as vidas naufragadas que ali se refugiam. Naquele edifício, demasiado sóbrio para o fim que serve, iniciam-se ou reiniciam-se infâncias. A fim de dar às crianças tudo aquilo que precisam. E muito daquilo que merecem.
Actualmente, são 12 os meninos e meninas que chamam casa ao CAT. Com idades a ir dos seis meses aos dez anos, aquelas crianças partilham muito mais do que quatro paredes. Têm em comum histórias de vida complicadas. Mas também compartem os tais afectos, que ali jorram incessantemente. Partilham brinquedos, abraços e sorrisos. Partilham a vida. Crescem em conjunto.
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