O presidente da Federação Portuguesa de Andebol confessa surpresa pelo anúncio da candidatura de Artur Monteiro à liderança do órgão. Ulisses Pereira comentou, ontem, essa intenção declarada pelo antigo dirigente do ABC de Braga salientando que é a primeira é última vez que fala das eleições até 2016, data do ato eleitoral.
“Até ao final deste mandato temos ainda 3 anos de muito trabalho e muito difíceis pela frente, e não nos podemos distrair com questões que são acessórias. No entanto, não deixamos de registar com surpresa uma intenção de candidatura a uma distância tão longa do próximo ato eleitoral. Principalmente porque acontece logo a seguir a uma derrota da seleção nacional e na véspera de um outro encontro muito difícil e decisivo para a equipa de todos nós”.
O aveirense que lidera os destinos da Federação considera que a forma como Artur Monteiro se apresentou “não é um bom serviço prestado ao Andebol Português” e lembra que “ainda há poucos meses todos tiveram a hipótese de apresentar uma alternativa” num ato eleitoral em que participaram “Associações Regionais, representantes dos Clubes, Treinadores, Jogadores e Árbitros, que sufragaram unanimemente o projeto que foi apresentado”.
Assumindo que tem procurado a conciliação da família do andebol, Ulisses Pereira não esconde que pensava que “os tempos da divisão no Andebol Português estavam ultrapassados”.
O dirigente promete manter o rumo por considerar que “estamos no bom caminho” e mostra abertura para quem quiser contribuir para o projeto no momento “em que o financiamento público cai a pique e o privado é difícil de mobilizar”.
“Para a construção desse novo paradigma, todos são bem vindos a esse processo. Não é preciso esperar 3 anos. A não ser que se pretenda apenas desgastar e não ajudar a melhores soluções para o nosso Andebol”. |