O Grupo uariadeaveiro promove ciclo de cinema “Fitas na Ria” numa iniciativa em parceria com Cineclube de Avanca e Teatro Aveirense. Procura recentrar o olhar da região na Ria de Aveiro. É uma das primeiras iniciativas do Grupo uariadeaveiro criado há poucos dias.
Esta ação é desenvolvida em conjunto com o Cine-Clube de Avanca e o Teatro Aveirense num ciclo de cinema em quatro sessões, com início, esta noite, às 21h30, acompanhadas de debate.
O ciclo é constituído por obras filmadas na Ria, de autores portugueses, como o consagrado Manoel de Oliveira, Alfredo Tropa, Manuel Paula Dias, Vasco Branco ou Manuel Matos Barbosa.
O ciclo de cinema “Fitas na Ria” enquadra-se num conjunto de iniciativas culturais promovidas pelo Grupo uariadeaveiro, criado para congregar o conhecimento produzido na Universidade de Aveiro sobre a Ria, que vai envolver também arquitetura, construção naval e cerâmica, entre outras áreas.
Ou seja, será uma maneira de olhar a laguna, de “ver a Ria através da cultura”, afirma Teresa Fidélis, professora do Departamento de Ambiente e Ordenamento e coordenadora do Grupo uariadeaveiro.
Os filmes selecionados foram produzidos entre o final dos anos 50 e a atualidade. “A Caça”, uma curta-metragem de Manoel de Oliveira que obteve uma Menção Especial do Júri da Federação Internacional de Cine-Clubes, em Toulon, é a primeira obra a ser exibida, hoje, a partir das 21h30, no Teatro Aveirense, sala que acolhe todas as sessões.
Depois da sessão haverá debate com António Preto e Anabela Oliveira.
Na segunda sessão, a 19 de novembro, passa “A Ria, a Água, o Homem…”, curtametragem de animação de Manuel Matos Barbosa, distinguido com o 1º Prémio na 7ª ATHEMS ANIMFEST 2012, criado com textos de Raúl Brandão e produzido pelo Filmógrafo e pelo Cine-Clube de Avanca, e ainda “Bárbara”, de Alfredo Tropa. No final decorre uma intervenção e conversa com Matos Barbosa.
A sessão de 10 de dezembro será dedicada a cineastas e fundadores do antigo Cineclube de Aveiro, nomeadamente a Vasco Branco e Manuel Paula Dias.
Do artista plástico, escritor e multipremiado cineasta aveirense Vasco Branco, serão exibidos “Gente Trigueira”, “Espelho da Cidade” – obra que mereceu Menção Especial do Júri do Festival de Cannes de Cinema Independente, em 1963, e que motivou o convite ao cineasta para fazer parte do júri daquele festival no ano seguinte – e “O Menino e o Caranguejo”. Na mesma sessão passa ainda “Sal duro sal” de Manuel Paula Dias.
Na última sessão, em data a anunciar, será exibido “Numa Maré de Moliço”, de Alfredo Tropa, produzido em 1966, seguido de uma intervenção proferida pelo realizador e diálogo com a assistência. |