Um choque entre dois comboios, dos quais resultaram vários mortos e muitos mais feridos feridos graves, com derrame de matérias perigosas à mistura. Não aconteceu, mas bem podia ter acontecido. Por isso, o Centro Distrital de Operações e Socorro de Aveiro organizou um simulacro denominado Cacia 2013, cujo objectivo foi testar os seus planos de emergência e intervenção num acidente ferroviário.
O cenário criado, na plataforma logística de Cacia, envolveu uma composição de transporte de passageiros que descarrilou, indo embater numa outra que transportava matérias perigosas, com destino ao Porto de Aveiro.
“Correu tudo dentro da realidade, mais facilitado por ser simulacro, mas é assim que se vai aprendendo para as situações reais”, declarou o comandante dos Bombeiros Novos de Aveiro, Ricardo Fradique, que coordenou as operações a partir do posto de comando instalado junto ao local do “embate”.
O alerta foi dado cerca das 13.15 horas (muito pouco tempo após a hora prevista) e, sete minutos depois, chegou o primeiro socorro.
Os passageiros que não inspiravam grandes cuidados foram logo retirados do interior das carruagens. Muitos deles eram crianças, que cumpriram o seu papel à risca e com seriedade, chegando, inclusive, a gritar enquanto eram evacuadas.
Com rapidez e destreza, o INEM montou dois postos médicos avançados, onde foi efectuada a triagem dos feridos, seguindo-se o transporte de alguns para os hospitais de Aveiro e Coimbra.