António Regala evitou atirar mais "lenha para a fogueira" durante o esclarecimento aos associados do Beira-Mar presentes numa sessão de esclarecimento sobre o acordo alcançado em Tribunal do Comércio e que permitiu a retirada do processo de insolvência da SAD.
O dirigente anunciou que está prevista a primeira reunião de negociações para o final da próxima semana com a SAD, em Aveiro, na presença de Majid Pishyar ou de representantes do iraniano. Regala diz que a ideia é negociar, admitindo cedências de parte a parte para tentar uma valorização que defenda os interesses do Beira-Mar.
“De uma maneira que ambas as partes estivessem satisfeitas. O que se concluída era uma satisfação e a possibilidade de desenvolvimento do Beira-Mar no seu todo. Temas para discussão? Tudo pode ser discutido. Até questões como a reversão do capital ou novos acionistas. Se houver entendimento mais fácil é vender ações. Em diferendo é que ninguém compra nada porque não tem garantias de futuro”.
O presidente do Beira-Mar admite que Majid Pishhyar negoceie diretamente com os credores o pagamento das dívidas. Diz que isso já teria sido possível. “Para nós nem é importante que nos pague questões da dívida. Ele sabe quem são os credores. Pode até negociar diretamente e fazer esse pagamento. Isso já estava nos contratos de constituição da sad. Quanto à questão de o Beira-Mar voltar a estar integrado na SAD, o que posso dizer é que a direção quer é respeito para o Beira-Mar. Se depois estamos representados na SAD ou não depende do entendimento entre as partes”.
A Direção do Beira-Mar admite que este é tempo de alguma contenção verbal mas assume que não gostou das mais recentes declarações de Amin Pishyar relativas ao acordo firmado no Tribunal do Comércio de Aveiro, que levou à desistência do pedido de insolvência da SAD. Através de comunicado divulgado ontem ao final do dia voltou a ficar latente algum incómodo mas manifesta-se, contudo, a esperança que as partes possam chegar ao acordo firmado no tribunal.
“Manifestar total surpresa pelo conteúdo das declarações, repudiando-as, pois não correspondem ao efetivamente acordado entre os mandatários das partes, além de encerrarem várias falsidades”; “Afirmar que, apesar de tudo, se encontra esperançado no alcance do desejado acordo entre as partes, no prazo máximo de 30 dias por estas fixado”; “Sublinhar que se encontrará empenhado nos próximos 30 dias a fim de levar as negociações a bom porto, não se deixando assim arrastar por quaisquer manobras de diversão” e “remeter, repetir e reafirmar o texto do comunicado aprovado por ambas as partes e que, certamente por lapso, não foi publicado na totalidade no site oficial da instituição Sport Clube Beira-Mar”. |