Cerca de 12 militantes do CDS-PP de Aveiro reúnem hoje para decidir como será a defesa dos processos disciplinares que a direcção do PP moveu na sequência do apoio de Listas contra a candidatura oficial do Partido.

Apontado como mentor do projecto que levou Élio Maia às urnas, numa lista de independentes, Diogo Machado acusa a direcção concelhia de Maria José França e a direcção nacional de Paulo Portas de promover o seu saneamento político. "Não reconheço a Maria José França competência, capacidade, nem sequer força para que eu me disponibilize para uma 'guerra' com ela. Não fulanizo as questões. Não estou em 'guerra' com Paulo Portas, por amor de Deus, nada disso", disse na Terra Nova. "Todos precisamos é de estabilidade mas, o espírito de vingança deles, por algo que é um direito meu, consagrado na Constituição, que foi, discordar das opções ilegalmente tomadas pelo partido, nomeadamente em Aveiro, motivou que estejam a tentar calar-me pela via mais anti-democrática que existe. Nunca me calarão", sublinhou.

"Pela quantidade de processos instaurados em Aveiro creio que está em curso um processo de saneamento. O processo que a mim diz respeito é infundado, alegam que fui instigador da várias candidaturas contra o PP e que fui o mentor da candidatura de Élio Maia. Isso tem 'pés de barro'. Contestarei isso em sede própria. O CDS é a minha casa. Todos juntos responderemos cabalmente a este processo que tem contornos de saneamento politico", disse.

O antigo dirigente do PP diz que não se irá desfiliar e que vai lutar pelos seus direitos enquanto militante.

Adianta mesmo que este pode ser um momento importante até num trajecto de refundação do Partido Popular. "Veremos até que ponto chega a irracionalidade política e ética dessas pessoas. Diria que neste momento o PP se pode refundar. Darei o meu contributo a essa refundação. Farei o possível e o impossível para que eles percebam que tenho direito à opinião. Não será uma qualquer direcção nacional do CDS que nos impedirá de pensar pela nossa cabeça", referiu Diogo Machado que está preparado para responder às acusações do PP no rescaldo das eleições autárquicas.