A Direção Regional de Aveiro do PCP diz que foi a única força política a ganhar terreno nas eleições autárquicas de 29 de setembro lembrando que os “partidos da troika (PS, PSD, CDS), no seu conjunto, perderam no distrito cinquenta e um mil votos e sete pontos percentuais”.
No distrito de Aveiro, a CDU acompanhou a tendência nacional, com um crescimento da votação para as Assembleias Municipais de 15449 votos (3,94 %) em 2009 para 18125 (5,10 %) em 2013 e passando de 25 para 36 mandatos no conjunto dos órgãos autárquicos.
“Estes resultados, no distrito, são claramente positivos, num quadro difícil, de intensa ofensiva ideológica conservadora e flagrante desproporção de meios, em que cresceu a abstenção e surgiu um elevado número de candidaturas pretensamente independentes”.
O crescimento da CDU contrasta com a redução de votações no PSD e CDS, que perderam 32000 votos e 5 pontos percentuais, de 53% para 48%, e no PS que perdeu 19000 votos e 2 pontos percentuais, de 34,3% para 32,5%.
O PCP faz contas à votação e lembra que a CDU em Portugal melhorou percentagens e garantiu mais votos e mais eleitos municipais, atingindo 12% e 600 mil votos nas Assembleias Municipais, aumentando o número de Câmaras de maioria CDU de 28 para 34, e alcançando um significativo avanço de posições em minoria, sobretudo no norte e centro do país.
“O mandato que agora se inicia confere ao PCP e à CDU, aos seus eleitos e estruturas locais, novas e acrescidas responsabilidades, mas o estímulo e a confiança recebida não serão traídos”.
A DORAV verificou o agravamento da situação económica e social, avaliou o avanço da luta de massas e a preparação das manifestações de 19 de Outubro em Lisboa e no Porto.
A leitura da situação nacional realça “a continuação em funções do Governo PSD/CDS”, segundo o PCP, “em permanente confronto com a Constituição da República, politicamente ilegítimo e socialmente isolado” e que “só acontece” porque conta “com a cumplicidade do Presidente da República e com o salvo conduto do PS para governar até 2015”.
Com o agravamento das medidas de austeridade, o PCP antevê um quadro em que a luta ganha nova força. “Para travar o declínio nacional, para recuperar a soberania, para resolver os problemas da economia e retomar o rumo do desenvolvimento económico e do progresso social não há caminho possível sem a demissão do Governo, a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições antecipadas”.
A DORAV decidiu convocar a IX Assembleia da Organização Regional de Aveiro do PCP, órgão máximo dos comunistas do distrito, para o final do primeiro trimestre de 2014, em data e local a precisar. |