As autoridades renovam o alerta de risco para a saúde pública resultante do consumo de bivalves da Ria de Aveiro, devido à presença de toxinas marinhas. A fiscalização da apanha e comercialização foi reforçada nos últimos dias mas não é fácil evitar que amêijoa e berbigão continuem a 'entrar' no mercado. Há o risco de intoxicações diarreicas e amnésicas. Este é o aviso que se lê nas 'letras grandes' do edital de interdição da apanha, comercialização e consumo de bivalves por contaminação de toxinas marinhas que dura há dois meses na Ria. Ainda assim, na Gafanha da Encarnação, apesar do reforço da fiscalização da Polícia Marítima, não é difícil encontrar mariscadores a 'furar' a proibição. "Vem cá e levam 'carradas de crico'. Não respeitam a Lei. Duvidam que esteja estragado. Hoje andavam lá a 'apanhar' umas oito pessoas, que arriscam a apanha", disse uma 'testemunha' do ocorrido à Terra Nova. Do outro lado da Ria, no Porto de Abrigo da Costa Nova, nenhum mariscador assume desrespeitar a interdição mas o desespero pela paragem forçada é maior. "É muito difícil parar dois meses com a actividade", disse outra pessoa. As coimas pela apanha ilegal de amêijoa ou berbigão podem, com facilidade, passar os mil euros. A grande procura, incluindo de Espanha, e o desemprego leva muita gente a arriscar. A autoridade marítima renovou a fiscalização e também o alerta, para os perigos do consumo para a saúde. |