O pedido de insolvência deu entrada no tribunal em Julho passado, cumprindo uma deliberação aprovada pela maioria dos sócios presentes na última assembleia geral, depois de a direcção do clube aveirense não ter conseguido chegar a acordo com o accionista maioritário, Majid Pishyar, para uma possível reversão da SAD para o clube.
"Não vejo disponibilidade de Majid Pishyar para investir mais no Beira-Mar", frisou, na altura, o presidente do clube, António Regala, concluindo: "Não podemos tolerar que se andem a desbaratar os activos do clube para depois abandonar o barco".
Após a entrada do processo no Juízo do Comércio de Aveiro, a SAD apresentou a oposição ao pedido, defendendo que a acção deve ser julgada "totalmente improcedente" por "absoluta" falta de fundamentação.
A administração da sociedade anónima desportiva aveirense contesta o montante dos créditos reclamados pelo clube, sustentando que esse valor ronda os 2,4 milhões, e realça que o prazo acordado entre as partes para o pagamento da dívida só termina em 2015.
Na contestação, a SAD pede ainda a condenação do clube em multa e indemnização por "graves danos" alegadamente causados com a acção judicial, assim como a cessação de funções do administrador judicial provisório, nomeado pelo tribunal a pedido do clube para fiscalizar a gestão.
O início do julgamento, com o arranque da inquirição das testemunhas, está marcado para as 14:30 de 15 de Outubro, no Juízo do Comércio de Aveiro.
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