“Perdi a cabeça e espanquei-a...não estava em mim”. As palavras são de Carlos Leite, o sem-abrigo que agrediu a companheira até esta perder os sentidos, num anexo da antiga unidade de saúde mental, em São Bernardo, que o casal ocupava há um ano.
O arrumador de carros, de 45 anos, descreveu, ontem, no Tribunal de Aveiro, os contornos do assassinato violento de Maria Paula Leitão, na madrugada de 12 de Dezembro passado.
Começou por contar que, ao chegar a “casa”, deparou-se com a mulher num estado de embriaguez que o incomodou, apesar de também ele próprio estar sob efeito de bebidas alcoólicas. “Disse-lhe que, assim, não queria dormir lá e ela levantou-se e começou a bater-me com um pau...também lhe bati”, recordou.
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