Uma vaga de incêndios tem assolado o concelho de Arouca nas últimas semanas. A maioria da população fala em mão criminosa e teme que o “pesadelo das chamas” esteja longe de terminar.
Os constantes reacendimentos, que duram há já vários dias, bem como os novos focos que têm vindo a deflagrar, em pontos distintos da região, não têm dado tréguas aos bombeiros.
Em Chave e Urrô, o pânico instalou-se na passada sexta-feira, com as chamas a cercarem edifícios industriais e habitações que só não foram consumidos devido à rápida intervenção dos meios no terreno.
Na Associação Cultural, Recreativa e Desportiva de Chave, ponto de passagem quase obrigatório para muitos dos habitantes daquela freguesia, grande parte das conversas centravam-se, ontem, no tema “incêndios”.
“Este Verão está a ser um dos piores dos últimos anos. Os bombeiros apagam fogos todos os dias e eles voltam a acender durante a noite”, conta Fernando Santos, segundo o qual semelhante drama só se viveu naquela região há cerca de 17 anos. Fernando Santos diz, também, estranhar que grande parte dos fogos comece, geralmente, “junto a estradas ou caminhos”.
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