O presidente da autarquia explica que a obra prolonga para o extremo sul do concelho a estética urbana que já caracteriza o centro e norte da cidade, na zona de esplanada de toda a marginal da Rua 2. "Agora passamos a ter uma ecovia em toda a nossa frente de mar", afirma Pinto Moreira. "É uma obra que vai beneficiar os espinhenses e toda a gente que nos visita, e que deverá também ser catalisadora de uma nova dinâmica para a zona sul do concelho, pelo seu potencial de crescimento em termos económicos e turísticos".
A nova ecovia está vocacionada para peões e ciclistas, prevendo áreas de circulação distintas para uns e outros. Nas zonas onde o passadiço é em madeira, sobre o areal das praias, a estrutura é a mesma, mas estende-se em paralelo com um separador central, estando sinalizado no piso qual a faixa apropriada para peões e qual a que se destina a bicicletas. Já no percurso ao longo do campo de golfe e do Regimento de Infantaria de Paramos, as vias separam-se: peões continuam a circular sobre madeira, entre a praia e a vegetação própria da lagoa, enquanto os ciclistas pedalam mais próximos da estrada, numa pista de betuminosa vermelha. "Esta é uma área que nem toda a gente conhece e que vai poder explorar melhor agora, com a certeza de que a ecovia foi executada em total respeito pelo delicado ecossistema da Lagoa de Paramos, que faz parte da Rede Natura 2000", realça Pinto Moreira. "Conseguimos qualificar todo este território sem alterar a sensibilidade ambiental desta área".
O investimento na nova zona de circulação da cidade integra um projeto mais alargado de requalificação urbana que abrange também a construção da Praça do Mar, junto ao Fórum de Arte de Cultura de Espinho, e a requalificação da zona piscatória de Silvalde, um pouco mais a sul. No total dessas três componentes, estão em causa cerca de seis milhões de euros, financiados em 85% por verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional e no restante por fundos do Turismo - atribuídos a Espinho pela sua condição de área de jogo, graças ao casino local.
Pinto Moreira admite, contudo, que a construção da Praça do Mar sofreu algum atraso e que, apesar de a conclusão da empreitada ter estado prevista para este mês de setembro, deverá ainda demorar "30 a 60 dias". O facto deve-se ao pedido de prorrogação do prazo pelo respetivo empreiteiro, "por razões relacionadas com dificuldades no abastecimento de materiais e também com o inverno extremamente rigoroso que se fez sentir este ano, o que impediu o normal andamento dos trabalhos". Com a conclusão da nova ecovia até Paramos, passa a ser possível percorrer a pé ou de bicicleta a distância integral entre o extremo sul de Espinho e a cidade do Porto, numa extensão de aproximadamente 30 quilómetros.
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