Muitas pessoas acreditam que ver um gato preto é sinal de azar. O mesmo se pode dizer de partir um espelho, ou passar de baixo de uma escada. Agora, imagine o leitor, que uma dessas coisas acontece numa “sexta-feira 13”. Bem, é melhor nem pensar nisso. Bata já três vezes na madeira, ou procure um trevo de quatro folhas para inverter a maré. É um conselho.
O melhor, portanto, é ter muito cuidado, hoje. A primeira “sexta-feira 13” de… 2013. Medo. Tenha muito medo. Ou não. Se não é uma pessoa supersticiosa, encare o dia como encara outro qualquer, e lembre-se apenas que é sexta-feira, e que o fim-de-semana está à porta. Esperemos é que ele entre com… o pé direito.
Também lhe podemos dizer que o medo irracional da “sexta-feira 13” se chama parascavedecatriafobia. Se preferir, chamamos-lhe antes frigatriscaidecafobia. Como? Exacto. Entre os dois, venha o Diabo e escolha, porque só o nome… mete medo.
“Pensamento mágico”,
esse malvado
O psicólogo Nuno Matias explica que “o medo deste dia apenas é justificado pelo pensamento mágico que existe no ser humano. Ou seja, o momento em que o pensamento substitui a acção, isto é: a pessoa pensa, e se pensa acontece. É esta a lógica do pensamento mágico, saudável e essencial ao desenvolvimento humano, mas que deve ser bem-educado, controlado e consciencializado. Do ponto de vista metapsicológico, o pensamento mágico é dono e senhor da sexta-feira 13”, sustenta.
Podemos, então, perceber que não há nada de consciente no medo deste dia. Como acontece com a maioria dos medos, aliás. Mas isso ajuda quem tem esta fobia de nome esquisito? Nem por isso. Se é uma dessas pessoas, o melhor é não sair de casa sem levar consigo uma ferradura. Não vá o Diabo tecê-las...
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