Diário de Aveiro: Tem sido constantemente referido que o município está parado há dez anos e que Aveiro perdeu importância política, numa alusão directa à gestão de Élio Maia. Como reage a estas críticas?
Diogo Machado: Discordo em absoluto dessa tese. Aveiro não perdeu um grama de peso político, apesar de 11 anos de sucessivas e constantes tentativas para que isso acontecesse. Se a estratégia de afirmação de alguns candidatos à Câmara de Aveiro passa por afirmar que Aveiro é um peso morto, talvez a minha pergunta fosse exactamente a contrária: qual é, então, para esses candidatos, o “peso vivo”, ou o motor, dentro da chamada Região de Aveiro? Por que insistem numa estratégia de desvalorização e menorização deste concelho, apenas para tentar sobressair individualmente? Acho curiosa a interpretação muito própria que cada um resolve dar, consoante as circunstâncias e interesses, ao conceito de “peso político”, ao mesmo tempo que o utiliza como argumento sempre que se revela conveniente. Melhor seria que, em simultâneo, fundamentassem essas afirmações com números e factos, de forma a não confundir e muito menos sujeitar os cidadãos aveirenses a equívocos.
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