A ADERAV (Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro) foi recentemente alertada para o facto da Igreja das Carmelitas, em Aveiro, se encontrar, há cerca de um ano, sem abastecimento de água e electricidade.
Sabendo que o templo foi alvo de uma intervenção de restauro, entre Março de 2002 e finais de 2004, a ADERAV conseguiu apurar que, “depois das obras executadas pelo ex-IPPAR, o edifício ainda possui o contador de obra, pelo que não existe contrato firmado de electricidade e água, pois este contador foi desligado, como já referimos, há cerca de um ano”.
O imóvel é propriedade do Estado, tendo sido classificado como Monumento Nacional pelo Decreto de 16-06-1910, publicado no DG nº 136, de 23 Junho de 1910. Tem ZEP – Zona Especial de Protecção, aprovada por Portaria publicada no DG, 2ª Série, nº 11, de 13 Janeiro de 1961. O imóvel está afecto à Direcção Regional de Cultura do Centro (Portaria 829/009, publicado no DR, II, 163, 24/08/2009).
A igreja das Carmelitas está num complexo que pertenceu à família dos Duques de Aveiro, tendo a sua edificação principiado no início do século XVII, quando D. Brites de Lara, viúva de Pedro de Médicis, mandou construir um Paço, concebido para ser a sua residência e, posteriormente, um convento. As obras necessárias para a instalação deste convento prolongaram-se durante bastantes anos. A igreja foi iniciada apenas em 1704, uma vez que a capela do paço funcionava, até então, como templo do convento.
A ADERAV conseguiu, por outro lado, perceber que, embora o imóvel esteja afecto à DRCC – Direcção Regional de Cultura do Centro, há alguma indefinição quanto à sua gestão. “O espaço já foi usado ou gerido pela Câmara Municipal de Aveiro, pela Igreja e pelo Museu de Aveiro, na altura afecto ao Instituto Português dos Museus e agora à DRCC.
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