A praia fluvial do Areinho, em Ovar, é uma sombra daquilo que já foi. Situada em pleno Canal da Ria de Ovar, o maior da laguna, a cerca de 1,5 quilómetros da marina do Carregal e a um pouco mais do centro da cidade, chegou a ser um verdadeiro parque de diversões aquáticas. “Vinha gente de todo o lado, o movimento era enorme”, recorda Leandro Vaz, o funcionário de um bar lá instalado.
Abrigada e com águas calmas e cálidas, esta praia era muito procurada, inclusive por turistas estrangeiros, até há poucas décadas, como sendo uma espécie de alternativa para os dias em que a nortada ou os levantamentos da maré não deixavam ir banhos nas praias da costa Atlântica.
Era tal a procura, que ali se construiu um restaurante panorâmico numa de duas ilhotas artificiais, que depressa se tornou num autêntico “ex libris” e uma referência daquela praia, pela vista que proporciona para uma das mais belas maravilhas naturais da região.
Mas, de repente, o areal foi perdendo o fulgor e a dimensão de outros tempos e a atracção parece que se extinguiu. De ponto de passagem obrigatória, transformou-se numa pálida memória de todos aqueles que desde a década de 70 visitam a península que vai de Ovar até São Jacinto.
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