A última reunião da Assembleia Municipal, quinta-feira à noite, terá sido das mais duras que o presidente da Câmara teve de enfrentar nos seus dois mandatos. Vários eleitos do PSD e do CDS, partidos da coligação que o elegeu em 2005 e 2009, não se cansaram de expressar dúvidas acerca do empréstimo de 2,5 milhões de euros que a autarquia pretende contrair para superar as dificuldades de tesouraria. “Quase me sinto inibido de fazer oposição”, ironizou o socialista Marques Pereira, acusando os dois partidos de serem “pouco dignos” e de “virarem costas” a Élio Maia.
Perante as hesitações de PSD e CDS, e após uma conferência de líderes já de madrugada, a votação acabaria por ser adiada para a próxima quarta-feira.
Dos vereadores fiéis a Élio, só Teresa Christo compareceu – os restantes estão em visita oficial a Oita, no Japão. O titular das finanças, Pedro Ferreira, foi “passear” para o Japão, lamentou Olinto Ravara, que gostaria de o ter ouvido sobre o empréstimo proposto pela autarquia.
A Assembleia Municipal serviu para uma retrospectiva da governação financeira do município. “Estamos no purgatório, já não estamos no inferno”, disse Élio. “Sempre dissemos que seriam precisos 15 anos para o equilíbrio. Passaram oito”.
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