Chama-se Noa Noa o projecto musical que traz hoje a antiga sonoridade tradicional da Península Ibérica ao Museu de Aveiro. Depois de se conhecerem e se interligarem musicalmente no grupo de música antiga Sete Lágrimas (que em 2012 realizou 25 concertos e este ano segue o mesmo rumo), Filipe Faria e Tiago Matias abraçam agora mais um desafio, o Noa Noa. Fundado em 2012, este projecto procura explorar, em música, as fronteiras da liberdade criativa que os artistas da viragem do século XIX para o XX queriam alcançar.
A liberdade criativa que se vivia na Europa de então encontra paralelo na História da Música Ocidental do século XVIII, no qual o músico era formado para saber cantar, tocar um ou mais instrumentos, improvisar, compor e dirigir. A tradição de resposta sem fronteiras ao apelo criativo é tão antiga como o homem e volta a ter eco nas tendências recentes da moderna prática da Música Antiga com a constatação de que o músico no passado tinha uma formação multifacetada que contrasta com a super-especialização a que se chegou no século XX e XXI.
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