O presidente da Câmara de Estarreja, José Eduardo Matos, disse à Lusa que a proposta para o Plano Estratégico do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, ontem apresentada aos autarcas, reflecte uma lógica “corporativa” e “centralista”. José Eduardo Matos, designado para representar os 11 municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) na área da Saúde, saudou a abertura da administração do Centro Hospitalar para discutir com os autarcas o Plano Estratégico, após a reunião. “É um ponto de partida. Até aqui os planos estratégicos eram feitos numa lógica só interna, profissional e financeira, e é importante essa abertura, para incorporar também a perspectiva das comunidades e dos utentes, numa articulação com a sociedade civil”, disse.
Sobre o documento apresentado, José Eduardo Matos assume divergências com alguns aspectos, nomeadamente por considerar que “são mais ponderados” interesses profissionais do que os interesses dos utentes. “Não concordarei que, por exemplo, porque há dificuldade na mobilidade dos anestesistas, os utentes sejam prejudicados. Esses critérios são respeitáveis, mas cabe à gestão ponderar e equilibrar com outras perspectivas”, disse.
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