De acordo com dados oficiais do MEC, candidataram-se a um lugar nos quadros do Ministério 26.214 professores, tendo sido registados 22.662 candidatos com candidaturas válidas, um número inferior ao do total de candidaturas, uma vez que é possível que um professor concorra a mais do que um grupo de recrutamento, ou seja, apresente mais do que uma candidatura.
De acordo com o MEC, foram apresentadas 3.205 candidaturas totalmente inválidas, e 347 parcialmente inválidas, o que pode significar que os docentes que apresentaram mais do que uma candidatura não viram os seus dados validados para todos os lugares a que concorreram, por exemplo, por falta de habilitações para preencher o lugar num determinado grupo de recrutamento.
Na portaria referente ao concurso de vinculação extraordinária, o MEC fazia saber que mais de um terço dos lugares disponíveis se destinava à região de Lisboa.
"As vagas são fixadas de acordo com critérios rigorosos da gestão das necessidades do sistema educativo, especialmente pertinentes na actual conjuntura económica do país, demonstrando um claro esforço de valorização do trabalho docente", lê-se na portaria de 23 de Janeiro.
Quanto aos grupos de recrutamento, o da educação especial era o que tinha um maior número de vagas atribuídas, com 162 lugares a concurso. Também entre os grupos com maior número de lugares disponíveis, no grupo de recrutamento de Matemática foram abertas 64 vagas, para Matemática e Ciências da Natureza 42 lugares, para os dois grupos de Educação Física 69 lugares, e para Física e Química 37.
Entre os grupos com menos de 10 lugares disponíveis estavam Educação Musical, com apenas uma vaga criada, Artes Visuais, também com uma vaga, Latim e Grego, com três vagas, e Electrotecnia, com 4 vagas. Educação Visual e Tecnológica e Música foram os dois únicos grupos de recrutamento para os quais não foi aberta qualquer vaga.
Quando foi anunciado o concurso foi fortemente criticado pelos sindicatos de professores, que acusaram o MEC de ter aberto um número insuficiente de vagas e deixar de fora das colocações professores com mais de 10 anos de experiência no ensino.
O diploma destinado à vinculação extraordinária de professores publicado em Diário da República a 17 de Janeiro estabelecia 365 dias de trabalho, nos três anos anteriores ao concurso, e uma classificação não inferior a "Bom", como requisitos para concorrer.
A medida foi aprovada em Conselho de Ministros no final do ano passado, tendo o ministro da Educação, Nuno Crato, na altura, indicado que seriam abertas cerca de 600 vagas, confirmadas pela portaria publicada a 23 de Janeiro.
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