A queima de madeira em equipamentos caseiros representa uma “fonte considerável” de emissão de poluentes para a atmosfera. Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) estima que cerca de 30 por cento das emissões de partículas em Portugal têm origem na queima de madeira a nível doméstico. Este valor tem em conta os dois milhões de toneladas de lenha que os portugueses queimaram em 2010 em lareiras e recuperadores de calor. E a tendência é que, face ao aumento dos preços da electricidade e dos derivados do petróleo, aumente a quantidade de madeira queimada em casa e a poluição.
O Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) alerta para perigos para a saúde pública. É que entre as partículas emitidas pela queima doméstica de madeira, inaláveis pela população, foram encontrados “números alarmantes” de compostos cancerígenos e com capacidade de provocarem problemas respiratórios.
“A queima doméstica é uma fonte de poluição que tem vindo a aumentar e que até recentemente tinha sido quase desprezada”, afirma Célia Alves, coordenadora do estudo.
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