Das 28 travessias asseguradas diariamente pelo ferry-boat entre o Forte da Barra, em Ílhavo, e S. Jacinto, apenas se realizaram duas ontem e quinta-feira. Sem o salário pago até dia 20, quarta-feira, os funcionários da MoveAveiro voltaram a não cumprir a quase totalidade dos horários. Os utilizadores apenas puderam viajar na embarcação às 7.45 horas, em direcção ao Forte da Barra, e às 18.20 horas, no sentido contrário.
Não é a primeira vez que os trabalhadores da empresa municipal de transporte optam por parar o ferry em protesto contra o atraso no pagamento dos vencimentos. O acordo de empresa determina que os salários devem ser liquidados até ao dia 20 de cada mês, o que a MoveAveiro nem sempre tem conseguido cumprir.
A situação provocou a indignação de populares de S. Jacinto. Uma residente queixou-se ao Diário de Aveiro da “falta de transportes marítimos”, o que “põe em risco inúmeros postos de trabalho” e provoca “faltas nas escolas”. Com a agravante, diz a cliente da transportadora municipal, de haver crianças “obrigadas a ficar em Aveiro sozinhas pelas ruas até à hora do transporte de regresso”.
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