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19-03-2013

Aveiro: Ribau “disponível para convites” mas sem fazer lobi



Ribau Esteves diz estar a acompanhar à distância o processo de escolha do cabeça-de-lista do PSD à Câmara de Aveiro. Várias personalidades influentes tomaram partido a favor do autarca ilhavense no último plenário de militantes, entre eles o líder distrital, Ulisses Pereira, o chefe da bancada na Assembleia Municipal, Manuel António Coimbra, ou os ex-presidentes concelhios Rocha Almeida e Olinto Ravara.
“Tomo conhecimento, mas não sou parte desse processo”, disse Ribau ontem ao Diário de Aveiro. O edil, impedido de voltar a concorrer em Ílhavo, disputa com Élio Maia o papel de candidato em Aveiro.
O autarca já foi sondado por figuras do PSD, de acordo com várias fontes ouvidas pelo Diário de Aveiro. Mas, como o próprio adianta, ainda falta o convite formal. “Já fui convidado por uma concelhia do distrito, mas não por Aveiro”. “Se for convidado, pondero e decido”, acrescentou.
Para já, Ribau diz-se “disponível para receber convites, públicos ou privados”, sendo certo que gostaria de se manter na “esfera pública”. E deixa uma garantia: “Não faço lobi e quem disser que faço está a mentir”.
Até chegar a altura de formular o convite ao seu futuro candidato, o PSD tem de se decidir de vez por uma das duas alternativas em jogo. Rocha Almeida não tem dúvidas: “a não ser que os militantes sejam um verbo de encher”, a escolha deve recair em Ribau.
Numa carta que endereçou aos militantes sociais-democratas, a que o Diário de Aveiro teve acesso, o antigo líder concelhio acredita que a direcção local do partido, liderada por Vítor Martins, não saiu do último plenário “com qualquer dúvida quanto à vontade da larga maioria” dos militantes. “A larga maioria dos interventores, e foram muitos, pronunciou-se a favor” de Ribau, diz, lembrando que o PSD tem na sua posse sondagens em que o autarca de Ílhavo obtém “sete vereadores para dois do PS”, ao passo que com Élio a vantagem é “tangencial” e com “necessidade” de se aliar ao CDS.
O antigo dirigente perspectiva, de resto, o fim da aliança com os centristas. “Foi quase unânime a vontade da sua extinção”, lê-se.
No CDS, a comissão política esteve igualmente reunida na sexta-feira com as eleições autárquicas no centro do debate. O partido está dividido, havendo quem defenda a renovação da coligação e o apoio a Élio Maia, caso da presidente Maria José França, mas também quem deseje outro rumo: uma aliança com o PSD mas com Ribau à cabeça ou até ir a eleições sozinho. Perante o impasse, o CDS optou por criar uma comissão para dialogar com o PSD.


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