O reitor da Universidade de Aveiro (UA) disse ontem que “é difícil ter os números exactos” dos casos de abandono escolar na instituição, mas admitiu que as “desistências” andam “na ordem dos mil alunos”. Este número é “preocupante e significativo”, representando entre “seis a sete por cento dos alunos”. Ainda assim, sublinhou que a situação tem-se “mantido estacionária nos últimos anos”.
“Não há uma diferença muito grande, no que diz respeito às propinas em atraso em 2012 e 2013, quando comparamos da mesma maneira, nos mesmos parâmetros e nos mesmos momentos nos dois anos”, afirmou, assumindo que há apenas “um ligeiro aumento ao nível do segundo ciclo”.
“A população da universidade também tem aumentado, por isso não há nenhum indicador que nos permita ter a certeza sobre isso”, observou Manuel Assunção, adiantando que o tema está em estudo por uma comissão do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas.
Numa visita à UA, o deputado do BE Luís Fazenda propôs uma amnistia para estudantes universitários com propinas em atraso por dificuldades económicas, para travar o “aumento das situações de abandono” e porque “o país não pode amputar-se da juventude que está a qualificar”.