O sucateiro Vítor Fardilha, de Esmoriz, principal arguido de um grupo acusado de furto e receptação de materiais ferrosos, incluindo bobinaria e baterias de cobre de estações das três operadoras de telemóveis, remeteu-se ao silêncio no início do seu julgamento, que continua hoje no Tribunal de Ovar. Mas outro dos arguidos disse ter vendido a Vítor Fardilha baterias furtadas. Elementos do NIC da GNR de Santa Maria da Feira confirmaram o envolvimento do sucateiro Vítor Fardilha.
Quatro outros arguidos, Luís Filipe Leite, Vitorino Gonçalves Correia, Luís Filipe Costa e Luísa Oliveira Pinto, também não quiseram prestar declarações, pelo menos para já, enquanto José Carlos Pedrosa e Elsa Ferreira Silva prestaram declarações ao Tribunal.
José Carlos Pedrosa confirmou a autoria de furtos de baterias em estações da Vodafone, da Optimus e da TMN. E que vendeu as baterias ao sucateiro Vítor Fardilha, que lhe pagou 200 euros, a uma média de 40 cêntimos por quilo. O valor comercial das baterias era de quatro mil euros, isto é, vinte vezes mais. E os lanços de cobre seriam vendidos a quatro euros o quilo, segundo acrescentou o arguido. Tudo porque José Carlos Pedrosa, na altura, “consumia bastante droga”, conforme afirmou à juíza-presidente, Cristina Seixas.
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