"O ir explicando é formativo. As pessoas estão a fazer um grande esforço e muito bem, no sentido de estarem a ultrapassar aquilo que muito boa gente cá dentro e lá fora esperaria. Estão a aguentar firme num ano difícil. É importante perceber-se o que se está a passar", disse o conselheiro de Estado.
À margem da cerimónia de lançamento de uma obra do escritor Vasco Graça Moura, no Grémio Literário, em Lisboa, Rebelo de Sousa desejou que o Executivo da coligação PSD/CDS-PP, liderado por Passos Coelho, aproveite "a próxima ocasião, no Parlamento", para "dar um esclarecimento" e "serenar um bocadinho os ânimos".
"Há duas reacções possíveis, uma é dizer que isto, no segundo semestre, vai mudar, outra é tentar explicar um bocadinho porque é que isto está a acontecer na Europa, porque é que tem reflexos em Portugal, no crescimento da economia, no aumento do desemprego e na execução do orçamento e o que se prevê que venha a mudar na Europa, entre fim de Marco e fim de Junho, que dê um ânimo acrescido aos portugueses", continuou o antigo líder do PSD.
O jurista e professor universitário perspectivou que "as pessoas, ouvindo a oposição e perante os números, ficaram um bocadinho preocupadas".
O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou ontem que a economia portuguesa recuou 3,2 por cento em 2012 em vez dos três por cento previstos, um dia depois de também ter divulgado uma taxa de desemprego de 16,9 por cento no quarto trimestre, o que significa cerca de 920 mil pessoas sem emprego.
|