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25-01-2013

Entrevista a Jorge Almeida, vice-presidente da Câmara Municipal de Águeda



O vice-presidente da autarquia aguedense confessa, em entrevista ao Diário Aveiro, que tem algum receio, quanto ao futuro do Hospital de Águeda, dizendo que a Câmara Municipal está a fazer tudo para evitar o esvaziamento do mesmo. Sobre a agregação de freguesias, diz que o processo partiu de pressupostos errados

O plano e orçamento da autarquia para este ano, foi aprovado recentemente. A oposição mostrou-se abalada com o facto de Agadão ficar de fora, nas transferências para as freguesias. É normal?
É normal a oposição votar contra os planos da autarquia. É o jogo político das oposições. Pessoalmente, entendo que o orçamento é equilibrado, que continua atento às obras que são comparticipadas, e abre a possibilidade de fazer mais obras não comparticipadas, e cobrirmos ainda melhor as necessidades do concelho.

Mas o PSD considerou tratar-se de uma posição “pouco democrática” não atribuir verbas a Agadão?!
A situação de Agadão não há ninguém que a lamente mais que nós próprios (Executivo), mas não existe espaço para termos outra atitude. Eu gostaria de ver o PSD preocupado com o papel do autarca de Agadão (presidente da Junta), que não é um papel, me parece, para o qual foi eleito. Alguém que escreve uma carta dirigida ao Primeiro-Ministro, em modos impróprios, e sem outro objectivo que não seja denegrir o Executivo Municipal, de forma gratuita… De certeza que a população de Agadão não se revê nesta situação.
Mas este Executivo não cortou nada à freguesia. A Câmara faz é delegação de competências nas Juntas de Freguesia e se o senhor presidente da Junta de Agadão tem esta opinião do Executivo, não quererá, com toda a certeza, assumir competências que são, por direito, do Executivo. Ora, essas obras estão a ser assumidas, em Agadão, pela Câmara Municipal, e estão a ser realizadas várias delas. Em suma, não retirámos nada a Agadão, que fosse por direito da freguesia. De resto, que fique claro que a Câmara não virou as costas a Agadão.

O PS colocou-se de fora, no processo de agregação de freguesias, porquê?
Porque não concordamos com a forma como foi determinada a lei das agregações. Provavelmente, faz sentido reduzir o número de freguesias, mas temos que, primeiro, esquematizar as coisas, para que se percebam. O certo é que não se percebia nada desta lei, que teve resultados perversos, resultado de critérios meramente indicativos.

Qual o impacto que, em sua opinião, terá esta reorganização administrativa em Águeda?
Estou convencido que pode haver algum tipo de “convulsão” nas próximas eleições autárquicas, até porque o processo é algo obscuro.


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