O Coletivo de Intervenção na Defesa dos Interesses dos Habitantes da Coutada, que tem assumido a contestação à instalação do Parque da Ciência e Inovação naquele lugar do concelho de Ílhavo, constituiu-se oficialmente como Associação.
Os habitantes do local e outros cidadãos têm vindo a participar em diversas atividades de contestação e sensibilização para aquilo que “consideram ser uma aberração e um esbanjamento nos tempos que correm” e, agora, assumem a forma de “associação cívica cujos estatutos estabelecem como objetivo levar a cabo toda e qualquer iniciativa tendo em vista a defesa dos valores naturais e patrimoniais da zona da Coutada, designadamente a instauração de ações legais”.
Adianta que além da constituição como associação já assegurou os serviços de “um advogado com experiência em processos administrativos”.
O Coletivo de Intervenção diz que luta “contra um adversário poderoso” sob a forma de “parceria público-privada” que envolve as autarquias de Ílhavo e Aveiro, a Universidade de Aveiro, entidades públicas com dívidas excessivas, e empresas privadas de enorme poder económico”.
Na agenda tem a contestação a um modelo de parceria que diz ser contestado em Portugal uma vez que as parcerias público-privadas estão na mira do Tribunal de Contas e da Procuradoria-Geral da República.
Depois da apresentação pública dos órgãos sociais, o Coletivo anuncia que vai “analisar a fundo as justificações técnicas que levaram a esta proposta de implantação do Parque de Ciência e Inovação” e promete um “protesto público de impacto mediático que reunirá pessoas e entidades ligadas ao ordenamento do território e ao desenvolvimento sustentável” contra a “implantação de uma zona industrial numa área da maior importância para a agricultura e para a conservação da Natureza”. |