António Cruz sai em defesa de Mano Nunes para garantir que é injusto falar em desvio de 1 milhão de euros numa situação em que antigos dirigentes do Beira-Mar receberam verbas da revenda das piscinas para pagar valores injetados no clube no momento em que tal foi mais necessário.
O antigo dirigente confirma já ter sido ouvido pela Polícia Judiciária e lamenta que se confunda esse movimento de dinheiro e a dívida à Câmara de Aveiro com uma situação fraudulenta quando a autarquia estaria a dever valores mais elevados do que os 2,5 milhões de euros que o terreno rendeu.
Admite que chegou a emprestar dinheiro que também acabou por recuperar.
“O engenheiro Mano Nunes ia injetando dinheiro e chegou a uma altura em que disse que já não aguentava mais porque o valor em causa rondava um milhão de euros. Fui ouvido pela Judiciária e tenho que dizer que também ajudei, correspondendo à chamada, contribuindo com 90 mil euros, nessa altura. Perante o que saiu na semana passada fiquei indignado porque um homem que está no clube a injetar dinheiro e ainda por cima é acusado de se apropriar ilicitamente de um milhão de euros?”, disse o antigo dirigente em entrevista ao programa “Segunda Parte”.
Questionado sobre o não pagamento de 1,2 milhões de euros à autarquia pela aquisição do terreno que foi revendido por 2,5 milhões, António Cruz disse que esse facto poderá estar relacionado com o reconhecimento de uma dívida superior por parte da Câmara de Aveiro ao clube e que não teria ficado saldada com este negócio. |