O presidente da Comissão Administrativa do Beira-Mar, António Regala, disse esta terça-feira que o futuro do Estádio Municipal de Aveiro passa pela criação de uma cidade desportiva com vertente comercial na área envolvente ao complexo. O dirigente falava durante uma conferência promovida pelo Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM) para discutir a viabilidade daquele equipamento, que não tem conseguido gerar o retorno financeiro necessário para fazer face aos elevados encargos com a sua manutenção e conservação. "O estádio não é uma grande mais valia para o Beira-Mar. É grande, tem um relvado em mau estado e está longe dos campos de treino", admitiu António Regala. Apesar disso, o dirigente desportivo refuta a ideia de que a solução possa passar pela demolição da infraestrutura, como já foi defendido pelo deputado do PSD, Ulisses Pereira. "O estádio existe e custou muito dinheiro. Não sou adepto do não serve, mata-se", afirmou. Na opinião do presidente da Comissão Administrativa do Beira-Mar, "o estádio só consegue sobreviver e desenvolver-se se tiver vida". Para isso, defende a construção de dois campos de treino sintéticos, um pavilhão multiusos e umas piscinas, além da criação de uma zona comercial e outra lúdica. Regala não tem dúvidas de que este investimento vai trazer retorno para toda a população e diz que o clube está disponível para encetar a construção destes equipamentos com a ajuda da autarquia. Orçado em cerca de 62 milhões de euros, o Estádio Municipal de Aveiro foi construído propositadamente para o Euro' 2004, e tem sido gerido pela EMA - Estádio Municipal de Aveiro, uma empresa municipal criada pela Câmara para administrar o espaço, que se tem revelado uma fonte de prejuízos. Só em 2008, segundo as contas da EMA, o equipamento registou um prejuízo de cerca de 750 mil euros, sendo que os custos com a exploração/manutenção rondam os 50 mil euros por mês. Fonte: Record on-line. |