A Câmara Municipal de Aveiro obteve ontem luz verde por parte da Assembleia Municipal para renegociar o empréstimo de saneamento financeiro de 58 milhões, passando de taxa fixa para taxa variável. As várias bancadas foram unânimes em aplaudir a alteração, ainda que a oposição não tenha deixado de frisar que a medida peca por tardia.
Raul Martins, do PS, fez as contas ao “dinheiro que se deitou borda fora”. “No último ano deitou-se borda fora mais de 2,5 milhões de euros”, criticou o deputado, a propósito dos custos que a autarquia teve de assumir ao manter, durante todo este tempo, a taxa fixa. Manuel António Coimbra, do PSD, surgiu em defesa da maioria, lembrando que, na altura da celebração do empréstimo, os pressupostos eram diferentes.
Pedro Ferreira, vereador do pelouro das Finanças no anterior mandato, e que conduziu as negociações do empréstimo, recordou todo o processo, especificando que, durante o compasso de espera que levou até à obtenção do visto do Tribunal de Contas, as condições de mercado alteraram-se profundamente, por força da crise financeira internacional, razão qual foi tomada a opção pela taxa fixa.
O debate de ontem na Assembleia Municipal de Aveiro. |